quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

O Falcão-peregrino


O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é uma ave de rapina diurna de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes excepto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui. Como ave reprodutora, é substituído na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja.

O falcão-peregrino mede entre 38 e 53 cm de comprimento, com uma envergadura de asas de 89-119 cm e peso de 0,6-1,5 kg, sendo as fêmeas maiores e mais pesadas que os machos e constituindo este o único dimorfismo sexual. A sua plumagem é característica, em tons de cinzento-azulado no dorso e asas; cabeça preta-cinza com "bigode" escuro e queixo branco; bico escuro com base amarela; patas amarelas com garras pretas riscada de negro na zona ventral. Os olhos são negros com anel amarelo e relativamente grandes. As asas são afiladas e longas.

O falcão-peregrino é um caçador solitário que ataca outras aves, em geral pombos ou pássaros, que derruba com as garras em voo picado e mata com o bico. É o animal mais rápido do mundo, com velocidade de mergulho que chega a atingir 288 km/h. Graças à sua eficiência enquanto predador, é um dos animais preferidos na arte da falcoaria. O falcão-peregrino é muita vezes vítima de outras aves de rapina que roubam as suas presas, à semelhança dos leopardos, que muitas vezes vêem a sua refeição assaltada por hienas. Como predador solitário, o falcão não pode arriscar morrer de inanição por ferimentos obtidos numa luta por uma presa já abatida.

Como ave que freqüenta ambientes urbanos atrás de presas como os pombos, o falcão-peregrino às vezes não pode consumir as aves que abate por conta do tráfego de pessoas e viaturas; em Santos, no litoral paulista, é comum achar pombos mortos abatidos por falcões-peregrinos migratórios (Falco peregrinus tundrius) e abandonados na via pública. Note-se também que, no que diz respeito à escolha de suas presas, o falcão-peregrino é oportunista, caçando quaisquer aves presentes na sua área de ocorrência: nos manguezais de Cubatão, por exemplo, caça inclusive exemplares juvenis de guará (Eudocinus ruber).


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Esquilo

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O esquilo (Sciurus vulgaris) é um mamífero pertencente à família Sciudidae e à ordem rodentia. Sua família comprende os esquilos arborícolas, terrestres, voadores e as marmotas, entre outros. Dentre os esquilos arborícolas e terrestres há mais de 230 espécies e no grupo dos esquilos voadores estão incluídas 43 espécies conhecidas. O esquilo mais comum, o europeu, possui pelagem avermelhada, cauda longa e tem pêlos compridos nas orelhas.
O tamanho deste animal é variável, o menor deles é o esquilo pigmeu africano, que mede 13 cm de comprimento. Os maiores são os esquilos gigantes da Ásia, seu comprimento pode chegar a 90 cm. Este animal pode ser encontrado no mundo todo, menos na Austrália. Normalmente vivem em bosques de coníferas e caducifólias (plantas que em determinada época do ano perdem suas folhas). Embora existam espécies que podem ser encontradas no deserto ou na taiga. Para viver nestes lugares, os esquilos passaram por adaptações e desenvolveram estratégias que lhes permitem suportar as temperaturas extremas que caracterizam estas regiões.
O esquilo não hiberna (não apresenta queda da temperatura corporal, fato que caracteriza a hibernação), mas alterna fases de sono mais longas que o normal, acorda e sai em busca dos seus alimentos. Ao reduzir sua atividade física, reduz sua necessidade de obter alimentos.
Trata-se de um animal de hábitos diurnos e se desloca com incrível agilidade pela copas das árvores, bem coma para subir ou descer pelos troncos. Constrói ninhos esféricos na bifurcação dos galhos da copa das árvores, ali dorme e dá à luz a suas crias. Seus principais alimentos são as avelãs, nozes, frutas e animais pequenos. O esquilo que vive nas florestas coníferas, de coloração parda escura, depende muito das pinhas dos abetos vermelhos (árvores coníferas) disponíveis, o que varia muito de acordo com o ano. O fato é que só há fartura de alimento em períodos longos de tempo, época em que a população de esquilos cresce bastante. A razão disto é que tal pinha é um alimento muito nutritivo e de fácil localização.
O esquilo desenvolve sua máxima atividade na época da reprodução, quando faz verdadeira caçada às fêmeas no topo das árvores. Os principais períodos de reprodução ocorrem durante a primavera e no início do verão. Depois de 28 dias de gestação, nascem 4 ou 5 filhotes (no máximo 7) duas vezes por ano. Os filhotes nascem cegos e sem pêlos. As fêmeas constroem mais de um ninho, assim, se forem incomodadas, podem levar suas crias para outro lugar.

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